domingo, 30 de novembro de 2008

Pull and Bear em câmara lenta

Neste Sábado o tempo em Lisboa esteve em geral desolador, muito frio e muito chuvoso. Mesmo assim, 11 agentes ImprovLisboa apareceram no ponto de encontro da missão marcada (que entretanto mudara por causa da chuva). Por causa da mudança, e porque havia muitas outras pessoas a abrigarem-se da chuva no mesmo local, tivemos de fazer à pressa um cartaz para indicar quem éramos.


Agente Somos e Agente Prosti esperam por mais pessoas, em vão

O que estava planeado era fazer a missão numa loja muito maior, mas face ao número reduzido de agentes, acabámos por combinar entrar na Pull and Bear do Vasco da Gama. O objectivo era, a dado segundo, todos começarem a fazer compras em câmara lenta. Depois de 5 minutos voltariam ao normal, seguidos de 5 minutos de freeze total. Depois, cada um iria à sua vida.


Da esquerda para a direita, Agente Mimi, Agente Lenço, Agente Ochôa, Agente Magoo, Agente Tuta, Agente Prosti, Agente É-da-Polícia, Agente Somos (em baixo), Agente Correia, Agente Aniratac, Agente Enquanto

Acabou por ser uma missão divertida, tanto para nós como para a maioria das pessoas que estavam na loja. Como sempre em missões deste tipo, os empregados divertiram-se, enquanto os encarregados entravam em pânico. Estranhando o que se estava a passar, umas raparigas entraram e tentaram sabotar a missão, especialmente à Agente Tuta (que segurava no ar umas cuecas), e ao agente Prosti (que estava a calçar um sapato) mas todos ficaram impávidos.


A nossa vítima

Numa loja tão pequena seria impossível filmar, mesmo à socapa, mas temos aqui os relatórios de alguns agentes.



Agente Somos:

Durante o slow-motion, poucas pessoas repararam que alguma coisa de estranho estivesse a acontecer, especialmente porque os clientes em lojas de roupa se movem naturalmente devagar. Apenas uma empregada, a que se estava a divertir mais com a situação, reparou em mim enquanto eu me movia muito devagar para junto dela. Depois do slow-mo, e quando estávamos mesmo a chegar ao freeze, eu perguntei a essa rapariga onde estavam as t-shirts giras. Enquanto ela me ia buscar umas, vi uns ténis na prateleira de cima. Reparei que já tinha chegado a hora de congelar, e assim fiquei, esticado para os ténis e ignorando totalmente a rapariga das t-shirts.
Eu não conseguia ver grande coisa de onde estava, mas ouvi-a dizer que ia buscar uns para mim. Uns minutos depois, ela esticou-se e pôs-me um dos ténis na mão que eu tinha esticada no ar.
O encarregado estava em pânico. Começou a dizer a todos os empregados para pararem o que estavam a fazer, vigiarem a roupa, e tirarem aquelas pessoas dali. Acabou por me vir dizer que ia ter de sair, o que com sorte foi no preciso momento em que acabaram os 5 minutos.
Algumas coisas que ouvi:

"Quer que tire os ténis para si?"

"Tire-me esse rapaz daí!"
"Ai, não sei se deva..."

"Ha-ha... aquele está-se a mexer!"


Agente Lenço:

Durante os primeiros 5 minutos acho que quase ninguém notou nos movimentos lentos e um agente deu-me um chapéu, que era giro, era giro. Quando o tempo do freeze se estava a aproximar eu peguei numa mini-saia, e a minha cunhada, agente Mimi, num casaco e metemo-nos a frente de um espelho a ver como nos ficavam essas roupas, e nos seguintes minutos eram duas pessoas que não pararam nunca de olhar para nós, pessoas que paravam um bocado para não passar à nossa frente mas que cedo o faziam, uma pessoa que actuou como se não estivessemos lá de todo, experimentando roupa à nossa frente e pessoas que comentavam que devia ser promessa. Os meus dotes de actor são horríveis, sempre que alguém olhava para mim eu só me ria, mas a Agente Mimi era uma estátua autêntica. Foi uma boa tarde ;)


Agente É-da-Polícia:

Quando me aproximei-me do Agente Somos para tentar perceber se faltava muito para o “freeze”, ele esticou-se para tirar uns ténis da prateleira mais alta. E foi precisamente quando parou. Parei eu também (e de boca aberta porque ia começar a falar com ele). E assim ficámos durante cinco minutos. Ele esticado, com um braço no ar, para chegar à prateleira. E eu de boca aberta, a olhar com aparente espanto para uns brilhantes ténis brancos. Quase após termos começado o “freeze”, uma empregada da loja disse-nos que ia buscar os ténis para nós. Segundos depois regressou com um banco e subiu. Como não lhe respondemos nem reagimos ao facto de ela tirar um dos ténis que parecíamos querer, ela disse ao Agente Somos que o ia colocar na mão dele. Foi o que fez. A dada altura, um dos empregados deve ter pensado que estávamos a tentar desviar a atenção para fazer algum roubo, e ouvi-o dizer: «Susana, pára o que estás a fazer. Durante cinco minutos faz só ronda à loja». Durante o “freeze” ouviram-se mais comentários, pessoas a rir alto, incluindo duas empregadas que estavam a arrumar roupa ali perto. Não estava a contar o tempo, mas penso que já perto do final dos cinco minutos, um dos empregados pediu a uma colega que nos tirasse dali. Ela respondeu: «Mas eles só estão ali parados». Apesar disso, pouco depois veio ter connosco e, pedindo desculpa, disse que tínhamos que parar de fazer aquilo. Voltámos a mexer-nos e, como se nada tivesse acontecido, o Agente Somos devolveu os ténis à prateleira e começámos a andar para saída. Comentei que os ténis eram demasiado brilhantes para ele, e ele disse-me que também eram demasiado caros. Havia algumas pessoas a rir e a olhar para nós. Saímos.


Missão Cumprida!

sábado, 1 de novembro de 2008

Pillow Fight Club - Pré-reportagem

Queremos agradecer a todos os que apareceram hoje na Alameda, e com bom humor participaram na maior guerra de almofadas da história de Lisboa, realizada na Alameda D. Afonso Henriques com muito menos sangue que as do rei homónimo. A batalha de quase uma hora, com direito a luz solar e abraço de grupo no fim, não podia ter corrido melhor; os incidentes foram poucos, a adesão maciça e a meteorologia perfeita. Quem passar agora na Alameda precisa de olhar com muita atenção para encontrar vestígios de almofadas: das maiores fronhas às mais pequenas partículas de espuma, tudo foi recolhido e reunido em sacos, espontaneamente, pelos próprios participantes.

Será publicada aqui no blog uma reportagem com os pontos altos e os golpes baixos. Pedimos, para isso, que nos enviem algumas das imagens que recolheram para o Gmail do ImprovLisboa, dado que nenhum dos nossos agentes pôde tirar fotografias.


Foto: Lusa